Pré-leitura
Estou
ficando muito ansioso. E isso é muito ruim.
O
ar!
Rodrigo
Nogueira Queiroz
Capítulo 18
Regue,
teras e narguile na praia.
Nesse dia
Rodrigo dormiu a noite inteira. Apesar da luta com Cortez ter sido exaustiva.
Nem Rodrigo nem Cortez se feriram. Talvez um arranhão aqui outro ali. Um roxo
aqui e outro ali. Todavia apenas isso, a lutar não havia alterado em nada no
comportamento de ninguém. Foi tudo na esportiva.
Rodrigo
descansado. Já a tarde Rodrigo estava com saudade de surfar. Colocou uma
prancha em cima do quadriciclo. E foi emborá para a praia. O ar estava fraco e
as andas que se formavam não eram muito altas. Mais já era o suficiente para
Rodrigo curtir um pouco. E conforme Rodrigo surfava as ondas começaram a
aumentar. Isso era uma quarta-feira. No outro dia começaria realmente o feriado
de fato.
Rodrigo no
meio do mar sentia a brisa que aumentava sua força. Ele respirava fundo e
sentia as moléculas de sal arder um pouco acima da faringe. O sol estava
começando a se afundar no mar e Rodrigo resolveu voltar para a casa do seu pai.
Lucas esperava Rodrigo e quando o avistou falou:
L – Oo você
vai no luau hoje?
R – mais
como vai ser esse luar?
L – tipo
nós fica cantando, tocando violão e fumando um narga pó.
R – será
que vai ser legal
L – vai
sim. Vai ter mulher
Rodrigo riu
e falou
R – eu já
peguei todo mundo por essas redondezas
L – vai
amarelar?
R – tá eu
vou. Mais não sei se vou pegar alguém não hem! não quero que você fique que nem
a última vez. Acho que aquela mina é a mais feia que eu já peguei na minha vida
toda. Tô até traumatizado.
E eles
começaram a conversar sobre isso e foram se arrumar para ir na praia. Rodrigo e
o amigo foram para a praia de quadriciclo, o veículo tinha um compartimento de
carga meio reforçado, equilibrando uma coisa aqui e ali. Eles levavam um
violão, um narguile, uma saco do tereré com o que é preciso para tomar e
comida. Essa era outra praia. Não era a praia que Rodrigo conhecia e tinha ido
surfar. Rodrigo chegou nessa praia com o quadriciclo e de longe dava para ver a
enorme fogueira que eles tinham feito na branca areia da praia. A faixa de
areia era bem grande, tinha uns oito ou mais metros de areia até chegar no mar.
Quando Rodrigo parou o quadriciclo próximo a fogueira. Já tinha cinco meninos e
três meninas e alguns cavalos próximo. Um dos meninos cuidava da fogueira
enquanto o outro tocava um regue. E a fogueira queimava. Rodrigo preparou o
tereré e o arguile. Já tinha uns três arguiles já feito . Essa cultura de
arguile veio de Rodrigo, quando alguns anos atrás em Campo Grande teve febre de
arguile e Rodrigo pegou essa cultura árabe. O arguile hoje em dia em Campo
Grande é proibido em locais públicos e por isso não é mais febre em Mato Grosso
do Sul.
Rodrigo
deixo seu violão passando na roda. É assim esse lual, iolão não tem dono, toca
quem sabe o ritmo. E Rodrigo não sabia nem um, e como o tempo veio chegando
mais algumas pessoas. O Juninho um cara com violão tocava o violão falando o
nome da pessoa que chegava. Ele sinceramente não sabia rimar.
Quando
parecia que não faltava ninguém chegou a pessoa que Rodrigo menos esperava. O
Junior que foi o primeiro a ver e começou a tocar. Era uma menina com uma câmera profissional, ela vinha com um
triciclo e com seu primo que pilotava
enquanto ela filmava. Rodrigo não reconheceu. Só percebeu quem era
quando a música sem rima do Junior começou:
J – lá vem
chegando ela morena e linda Camila vem chegando com o seu primo. No nosso lual.
Ela vem chegando e será que eu vou aparecer no seu vlogue? Sê pá né.
Era a
Camila Bianque. A vlogueira que talvez tenha sido o motivo principal para que
Facewitter quisesse fazer o vlogue. Rodrigo não achava que Facewitter tivesse
realmente a fim dela. Ele só tinha zuado o Willian aquele dia.
Camila
desceu do triciclo e falou:
Ca – aaahhh
Junior não sei né. Sê pá ?
Ela se
sentou na areia da praia. E seu primo do seu lado, quando Lucas falou para
Rodrigo.
L – e ai
Rodrigo, você já conhece a Camila?
Rodrigo riu
e falou:
R – é já vi
alguns vídeos dela.
Rodrigo
observou que ela olhava para eles e ele falou:
R - você
fuma ?
Levantando
a mangueira de arguile para ela.
Ca – não. O
que é isso ai ? mate ?
Ela olhava
curiosa o copo de tereré Rodrigo riu e falou:
R – isso é
tereré. Para ser específico e breve, isso é um mate gelado.
Ele
colocava a água gelada no copo de ferro que estava o tereré e disse antes de
tomar um gole
R – acho que
você não vai gostar
Rodrigo
tomou. Ela disse:
Ca – tudo
que tem gelo eu gosto
Ela
encarava Rodrigo que deixa sair um sorriso e colocou um pouco de água gelada no
copo, depois dele ter tomado. E passou o copo de tereré que agora já estava do
lado dele. Ela tomou um pouco e fez uma careta:
Ca – isso
tem gosto de mato
Rodrigo
riu:
R – você
não é a primeira que fala isso.
As outras
pessoas ouviam a música ou conversavam sobre alguma coisa com alguém. Camila
mesmo fazendo careta terminou de tomar a cuia. Camila curiosa pergunto de onde
era a bebida, Rodrigo explicou. Ela ficou curiosa para saber como era o local
onde Rodrigo morava. Então perguntou:
Ca – é
verdade que tem jacaré na cidade?
R – é
nossa... é muito legal... Eu brinco com jacaré no quintal de casa desde que me
entendo por gente. Nossa e quando a sucuri entrou em casa, muito legal, meu pai
estava trabalhando e eu tive que tirar ela que me abraçou forte. Minha mãe tem
medo de cobra. Um dia quando eu era pequeno,
montei em cima de uma onça pintada. muito massa!!!
Camila já
tinha percebido que era brincadeira e Rodrigo não conseguiu conter a risada por
mais tempo. E eles continuaram a conversar até todos caírem no sono.
Pós-leitura
Senti um
clima entre Rodrigo e Camila, será que rola alguma coisa ali? E se rola qual
vai ser a magnitude dessa relação?
Não
percam o próximo capítulo.
Obrigado pela leitura, espero vocês no próximo capítulo.
Escrito por:
Felipe Tarja (Felipe Oliveira Guimarães.)
Twitter: http://twitter.com/#!/FelipeTarja
pensei que Rodrigo ia ficar com a Renata na festa do Eduardo e ele acabo levando um fora e agora? será que ele fica com a camila ?
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